Dica de Destaque

A rainha vermelha (da série livros que não recomendo) - Divagando Sempre

 



Palafitas é divido entre sangue prateado e vermelho. Obviamente os prateados são a classe superior. Mare é sangue vermelho. Os sangue vermelho geralmente são recrutados para a guerra e seus irmãos mais velhos estão lá e logo será sua vez de ser chamada. Enquanto isso, Mare tem o hábito de trazer coisas roubadas para casa, para dar um pouco de conforto a família antes dela partir.  Kilorn é seu melhor amigo e agora ele lhe diz que perdeu seu mestre e com seu treinamento incompleto, já com 18 anos, ele será enviado para a guerra. 

A guerra com Lakeland já se estende a mais de um século e Mare sempre achou engraçado ter de lutar por comida e água, mas agora que seu amigo está indo, ela acha que isso perdeu a graça.  Ela tenta barganhar um modo de fugir, mas isso lhe custaria dinheiro e para conseguir isso, sua irmã tem um plano. Mas as coisas dão errado quando os prateados são atacados por terroristas denominados Guarda Escarlate. 

Sua ousadia para salvar Kilorn custou a mão de Gisa e agora ela não sabe no que pode ser útil. Não aguentando ficar em casa, ela sai para mais uma noite de roubos e um jovem a ajuda misteriosamente. No dia seguinte ela é requisitada para ir ao Reino e sua família se despede dela como se não fossem mais se ver. Com o coração a mil, ela descobre que na verdade alguém a contratou para trabalhar no Reino e desconfia ser o jovem da noite passada e então o vê, mas na verdade ele é um dos príncipes e nesse dia está ocorrendo a seleção para a Nova rainha.

Uma das candidatas, a favorita na verdade, excede no seu poder e quase causa uma tragédia, embora o único infortúnio seria a limpeza depois, pois os prateados não ligam se os vermelhos morrerem a seus pés, mas quando Mare se sente em perigo, algo extraordinário acontece. 

Os prateados dominam o mundo pois são dotados de poderes, dos mais diversos e os vermelhos, infelizmente são seres comuns, considerados inferiores e por essa razão são mandados para a guerra e também usados nos serviços domésticos. Mare foi confirmada inteiramente vermelha, então seus poderes são  algo que no momento, ninguém entende como é possível existir. Mas, para apaziguar os ânimos e talvez tentar acabar com a Guarda Escarlate, o Rei tem um plano e agora Mare se vê noiva do príncipe mais novo.

Maven se mostra totalmente diferente de sua mãe e acaba conquistando a confiança de Mare e embora ela tenha sentimentos por ele e por seu irmão Cal, ela vai aprender da pior forma possível, que no fim, está envolvida em uma rede de mentiras, onde todo mundo pode trair todo mundo  



Há tempos que vejo que esse livro é muito bem falado. Apesar da minha lista infinita de títulos para ler, resolvi dar uma chance à esse. Confesso que ainda estava sofrendo uma ressaca literária depois de ter lido Ensaio sobre a cegueira ( Resenha aqui), achei que não conseguiria entrar nessa história quando ainda estava vivendo no mundo dos cegos, mas a escrita de Victoria é deliciosa de se ler e quando percebi, já estava imersa nesse novo mundo.

O modo de viverem divididos e os jovens terem que ir para a guerra, não sei porque mas me lembrei de Jogos vorazes hahaha mas quando Mare estava no Reino vendo a seleção para a Nova rainha, eu imediatamente me lembrei do livro A escolha, da Kiera Cass,  se for uma mistura desses dois seria muito bom. 

Para mim, Mare viveria um romance dividida entre Kilorn e Cal, mas, pensei como seria depois que ela foi designada a se casar com Maven. E a rainha é muito má, claramente está armando algum golpe. 

Mas com o decorrer da leitura, embora ela tenha feito tudo isso a princípio para ajudar Kilorn, ele acaba sendo meio esquecido, como se a vida no Palácio a fizesse esquecer quem era. Na verdade, achei que ela se acostumou muito rápido com essa vida, mesmo que ela tenha aulas de etiqueta, não senti muita dificuldade da parte dela em conviver com esse mundo tão antes odiado por ela. Também pensei que o drama seria entre Kilorn e Cal, mas parece que ela acaba se encantando por Maven. Por mais que ele demonstre ser diferente, por mais que diga que está do lado dela, sempre senti que ele não é muito confiável. 

E devo acrescentar que se antes eu pensei que Mare fosse ingênua, como o próprio Maven disse, ela foi é muito burra. Chegando quase para o final, geralmente fico ansiosa e animada para ver como a trama terminará, mas dessa vez foi uma leitura muito penosa. Só cheguei ao fim e, confesso, foi aos trancos e barrancos porque tudo ficou óbvio demais e meio que sem graça. Eu queria muito acreditar que Maven fosse tudo aquilo que demonstrava, mas, era perfeito demais, ainda mais que as pistas estavam ali o tempo todo. Claro que como Mare também vivia a sombra de alguém, nem por isso arquitetaria um plano tão macabro assim. Maven ganha o prêmio pela atuação também hahaha quase me enganou em determinados momentos. 

Kilorn poderia ter sido mais trabalhado na história, não achei ele grande coisa. Me pergunto também se Evangeline vai ter uma virada na história ou vai continuar a cobra insuportável que é... Mas minhas curiosidades não sei se saberei um dia, porque vi que tem continuações dessa história, mas me decepcionei tanto que não sei se quero continuar nesse universo. 

Digo, o início foi muito promissor, apesar da lentidão dos acontecimentos e o final foi uma corrida para chegar logo ao  fim da largada, então meio que me desanimou demais. Se no próximo volume a Mare for melhor trabalhada e ficar mais esperta, quem sabe eu me aventure a ler, mas por enquanto não quero nem saber hahaha 

Minha nota de satisfação pessoal 4/10.


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