Robinson Crusoé - Divagando Sempre

 Ano da primeira publicação 1719

Páginas 408

Autor/a Daniel Defoe

Sinopse 

Robinson Crusoé é um náufrago que sobrevive a tempestades e furacões, a piratas gananciosos, a selvagens canibais e à vida solitária numa ilha deserta. Com imaginação e habilidade, constrói casas, barcos e ferramentas que lhe permitem viver décadas longe da civilização.

DIVAGAÇÕES, ANÁLISES E IMPRESSÕES PESSOAIS 

Eu leio tantos livros de diversos assuntos, autores e época, mas Os miseráveis foi um grande desafio não pela escrita, porque acredito que assim como esse do Robinson Crusoé, dependendo da versão, a escrita foi atualizada, porque pelo menos em Os miseráveis não  achei difícil de ler. Embora, a história tenha sido um tanto que arrastada... 

Robinson conta sua história de como desafiou seu pai e embarcou em uma viagem no mar, mas, já na primeira, o navio enfrentou uma tempestade e afundou. Poderia ser um sinal para ele voltar para casa, mas ele persistiu e seguiu em frente. 

De início, como tinha dinheiro e boas roupas, embarcava como passageiro nos navios o que lhe acabou sendo inconveniente pois desse modo não poderia trabalhar no navio muito menos aprender nada da função de marinheiro. 

Mas em uma viagem, ele conheceu o capitão de um navio e ele acabou aprendendo a ser mercador. Também enfrentou piratas e ao contrário de sua primeira viagem, até tiveram sorte saindo ilesos do combate. 

Depois disso, foi pego e viveu dois anos como escravo de um capitão de navio, mas ele sempre ficava em terra fazendo serviços enquanto o capitão velejava. As vezes pescava com ele e outras ia sozinho com mais dois escravos. Foi em uma dessas pescarias, que Robinson se preparou e fugiu, ficando apenas com Xury. 

Vivendo das provisões que levaram, tentavam encontrar comida e água nas terras desconhecidas que avistaram e por fim um navio os levou para terra segura. Porém,  Robinson acabou vendendo seu barquinho e algumas coisas que possuía, incluindo Xury que aceitou ser levado pelo capitão tendo a promessa de ser livre em 10 anos. 

Sozinho, conheceu um homem indicado pelo capitão e com ele aprendeu sobre plantação de açúcar e adquiriu uma propriedade. Mas, embora estivesse vivendo tranquilo com suas terras, o chamado do mar era irresistível e ele embarcou novamente deixando suas terras com a promessa de voltar...

Mas houve uma tempestade e o navio quebrou e Robinson milagrosamente conseguiu chegar até a terra mais próxima. No dia seguinte, conferiu os estragos do navio e a confirmação de que foi o único sobrevivente. 

Robinson viria a passar 28 anos vivendo sozinho na ilha, sendo que nos últimos 4 anos mais ou menos, encontrou Sexta-feira, um nativo que ia ser sacrificado por canibais e depois mais outros dois homens...

Durante o período em que viveu sozinho, caçou, plantou e construiu sua moradia de modo firme e segura, pois ele sempre teve medo de selvagens atacá-lo. Conheceu canibais a distância, sempre preocupado que se aproximassem demais de seu forte. Encontrou a religião, principalmente quando se achava em perigo e no fim, após tantos anos encontrou o caminho de casa...

DIVAGAÇÕES finais 

Não vou mentir, passamos tanto tempo solitários com Robinson que chega a ser decepcionante ele voltar para casa hahaha 

Mas, gostei como ele sobreviveu durante todo esse tempo, como ele se virou com a alimentação, moradia e principalmente com a solidão. Passar tantos anos sozinho dessa forma, é demais até para mim, que prefiro a solidão...

A forma como ele conheceu Sexta-feira foi empolgante e arriscado, até para os padrões de Robinson, mas o modo como ele tratava seu novo companheiro e os próximos, mesmo que seja inadequado atualmente, fazia muito sentido naquela época. Mas acho que ele poderia ter sido diferente, uma vez que viveu como escravo e fugiu por não suportar aquela vida, mesmo que tratasse Sexta-feira melhor, a ideia de ser seu escravo era meio triste.

Mas enfim, é um clássico que todos deveriam ler e super recomendo. 

Minha nota de satisfação pessoal 10/10