Dica de Destaque

Dartana ( André Vianco ) - Divagando Sempre

 Ano da primeira publicação 2016

Páginas 784

Autor/a André Vianco



Sinopse 

Dartana, Combatheon e o planeta Terra. Três mundos distantes, unidos pelo mesmo destino.

Uma maldição castiga o planeta Dartana, impedindo que seus habitantes guardem qualquer aprendizado que os faça evoluir. A vida difícil e miserável faz com que o povo viva às margens do hangar das feiticeiras - as únicas capazes de guardar conhecimento, zelar pelos habitantes desse mundo sombrio e se conectar com o divino.

Combatheon é um mundo que serve como plataforma de batalha para que os deuses que chegam de outros planetas entrem em guerra. Muito mais que a glória, estes deuses precisam da vitória para libertar seus planetas da maldição do pensamento.

Beleneus é o deus de guerra de Dartana, que segue ao Combatheon cercado e protegido por suas feiticeiras de batalha e centenas de soldados, que marcham para salvar seu mundo e o que restou de seu povo, certos de que desta vez seu deus será o novo campeão.

Uma vez na guerra, os deuses precisam se conectar através das estrelas com seus avatares, que lhes enviarão o conhecimento sobre armas a serem desenvolvidas pelos construtores de seu exército. E esta mensagem chegará ao planeta Terra.


DIVAGAÇÕES, ANÁLISES E IMPRESSÕES PESSOAIS 

Dartana é um povo que aguarda o despertar de seu novo Deus para partirem para outro mundo, chamado de Combatheon, onde guerreiros, construtores e feiticeiras vão para lutar e jamais retornaram para contar a história. 

Jeliath como vários dartanas seguem o Deus Belenus para Combatheon, mas antes mesmo de chegar aos portões, são sabotados por Jout, um rebelde que não acreditava nessa história de guerra, principalmente porque ninguém jamais voltou para confirmar o que acontecia do outro lado do portão. 

Belenus o deixou viver mas Dabbynne, que ascendeu como feiticeira na última hora, fica decepcionada por seu antigo namorado ser um rebelde. 

Porém, quando chegam no Combatheon são massacrados, o povo de Dartana nem teve tempo de lutar e seu Deus sucumbiu perante o inimigo. Milagrosamente houve alguns sobreviventes. 

Dabbynne sobreviveu e antes de Belenus perder suas forças, ele concedeu suas últimas energias à feiticeria pois ela carregava uma vida dentro dela. Assim, ela, Jeliath e o general de guerra receberam o último sopro de vida de Belenus e Dabbynne curou Tazziat, sua feiticeira mestra e mais dois sobreviventes, Parten e Thaidena. 

Juntos tentaram encontrar motivos para continuar vivendo naquelas terras de morte, quando encontram uma vila de abandonados e Jeliath encontra sua irmã que partiu para a guerra anos antes dele. Os abandonados se unem e um novo Deus é criado e despertado como o Deus Ogum dos mestiços. 

Eles partem para a guerra novamente até enfrentarem aquela que destruiu seus sonhos. 


Minhas divagações finais 

Vindo de André Vianco não esperava menos que isso. Uma mistura de sentimentos entre amor e ódio hahaha 

O início foi muito interessante, com uma história diferente e intrigante. Amei o povo de Dartana, mas Dabbynne foi a pior personagem que teve no livro, seguida de Ugaria, a feiticeira do exército inimigo. Gente, para quê duas mulheres tão irritantes em um livro só? Ugaria ainda entendo,  invejosa e covarde e do exército inimigo, tinha que ser horrível mesmo. 

Mas Dabbynne, que teve a chance de ser a preferida de um Deus, que teve na barriga um milagre, o que ela fez durante toda a jornada? Só reclamava e choramingava que não queria que seu filho nascesse naquele lugar de morte e só queria sair dali. Achei ela muito insuportável. Nem quando ela teve que deixar seu filho em outro lugar senti simpatia por ela. 

Mas o que mais odiei mesmo foram as viagens de Jeliath para a Terra. De todos os lugares, mesmo que seja no Brasil, os dois deuses estariam observando os mesmos humanos? Ah por favor. E como eles viam o Jeliath me fizeram imaginá-lo como um pé grande hahaha 

Depois de todo o sofrimento, perdas e descobertas, que raios de final foi esse? Infelizmente descobri que Dartana é uma trilogia. Misericórdia, por mais curiosa que eu esteja com o desenrolar dessa história e por mais teorias que eu tenha, não sei se terei condições de ler essa sequência. 

Primeiro achei que Jout teria um papel importante na história, pois era um rebelde contrário a crença da guerra no Combatheon. Juro que achei que de alguma forma, ele fosse aparecer com algum tipo de milagre para ajudar na guerra hahaha aí de rebelde se tornaria um herói. Mas como Dabbynne, ele também era inútil. Tanto que ele a amava tanto que depois que ela partiu ele já estava com outra...

Depois pensei que de alguma forma, o povo da Terra ajudaria Ogum mas de forma muito mais empolgante do que crendo nele. E que aconteceria algo muito mais marcante para o irmão de Glaucia acreditar em Jeliath. Não gostei da Doralice mas acho que porque a deusa inimiga a usou.

Mas nada supera a decepção do final. Porque sinceramente? Quem é que esperava algo desse tipo? Eu até teorizei outras coisas, como Dartana perdendo as memórias dos guerreiros que partiram ou o tempo ser diferente no Combatheon e os mais velhos terem envelhecido e morrido. Ou, o pior de todos, que a guerra fosse uma farsa e os vencedores jamais voltassem para casa.

Apesar de serem um exército de mestiços, acho que a próxima missão deve ser combater o que leva as memórias embora de cada planeta que se juntou ao exército de Ogum. Na verdade, depois desse final, não consigo pensar em mais nada...

Pensar que um livro tão longo desses tem sequência é desanimador. Eu gosto da escrita do Vianco, mas em determinado momento a leitura ficou arrastada e de empolgação fui para desanimada só me empolgando na reta final para totalmente decepcionada com o final...

Enfim, minha nota de satisfação pessoal 5/10


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