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[Review] Sociedade dos poetas mortos - Divagando Sempre

 

Ano de lançamento 1989

Duração 2h 8m

Direção Peter Weir

Elenco Robin Williams ( John Keating), Ethan Hawke (Todd Anderson), Robert Sean Leonard ( Neil Perry)




Trailer 




DIVAGAÇÕES APRESENTANDO A HISTÓRIA 

Nos fins dos anos 50, uma escola preparatória de elite para garotos, recebe o novo professor de inglês e literatura John Keating. A escola tinha suas próprias regras e seguia 4 princípios básicos: tradição, honra, disciplina e excelência. 

Keating, foi aluno dessa escola quando jovem, então mais do que ninguém, ele sabia como ela funcionava, no entanto, seu modo de ensinar era completamente diferente dos métodos exigidos pela escola e isso chamou a atenção dos alunos. Por meio da poesia, Keating tenta inspirar seus alunos, revelando a Sociedade dos poetas mortos, fundada quando ele ainda era estudante ali. Um dos seus primeiros ensinamentos foi o Carpe diem, ou seja, aproveitem o dia. 

Keating ainda subiu na carteira, dizendo que estando mais alto, a perspectiva mudava, que o mundo parecia diferente visto de cima. 

Motivado pelo professor, Neil, funda novamente a Sociedade dos poetas mortos e recruta alguns amigos. Dentre eles, Neil era o mais inspirado e animado na nova descoberta da sociedade. E, acaba descobrindo que sua paixão é o teatro e não a medicina como seu pai impôs que ele fizesse. 

Inspirado no Carpe diem, Neil se candidata a uma peça de teatro e consegue o papel principal. Keating diz a Neil para ele conversar com seu pai, lhe dizer o que sente e qual seu verdadeiro sonho. No entanto, seu pai, tradicional e rígido, diz que teatro não tem futuro e que ele seguirá com a medicina. 

Contrariando as ordens de seu pai, Neil se apresenta mostrando que realmente é muito bom, mesmo seu pai o vendo no palco, este não muda de ideia e lhe diz que o mudará de escola e ele seguirá com o plano de se tornar médico. Arrasado, Neil não vê outra saída a não ser a morte. 

A escola interroga alguns alunos e um deles conta tudo sobre Keating e a Sociedade dos poetas mortos, obrigando o restante a confessarem e assinar um acordo, sendo Keating culpado pelas ações de Neil e demitido da escola. Quando entra na sala para recolher suas coisas, ele recebe uma última homenagem dos alunos. 









Minhas divagações finais 

Sociedade dos poetas mortos sempre foi um filme marcante para mim. Mas como qualquer clássico dos anos 90, fazia um tempo desde que vi a última vez. Sempre achei que quem fosse se rebelar ou fazer algo marcante, fosse Todd, pela pressão familiar, pelo seus traumas e receios na sala de aula, no seu jeito introvertido e principalmente porque no seu aniversário, ele havia ganhado o mesmo presente do ano anterior, com um destino que ele claramente não queria. No entanto, seu amigo Neil que teve um fim trágico. 

Sempre achei uma pena a decisão de Neil, no entanto, mesmo conversando com o pai, mesmo o pai vendo o talento do filho, os aplausos e o reconhecimento, ele era rígido e acreditava que seu sonho tinha que ser realizado pelo filho. O que é bastante comum em algumas famílias, até mesmo hoje em dia. E ter uma mãe submissa também é bem comum. Não é que o pai não amasse o filho, o desespero e a dor quando encontrou Neil em seu escritório foi bem triste, porém, exigir que os filhos realizem seus sonhos quando eles têm seus próprios, acarretaria o abandono ou alguma tragédia no futuro. 

Na época em que vi, achei o final incrível, mas, hoje, me pergunto, Keating retornou ao local que ele mesmo viu que com o passar dos anos não mudou nada e tentou abrir a mente dos alunos, para almejar mais do que apenas carreira. E, mesmo que tenha inspirado alguns alunos, e depois? Terminou com a morte de um deles e Keating sendo despedido. Ou seja, os que ficaram continuariam naquela educação rígida e continuando a realizar os sonhos de seus pais. 

Naquela época, sempre que via esse filme, achava tudo meio sinistro. Keating aparecendo e dando aulas estranhas. A sociedade misteriosa reunindo os garotos em uma caverna. A obsessão de um deles por uma garota que conheceu. Um deles sendo covarde e traindo todos eles entregando Keating. Isso que o infeliz participou da sociedade e se divertiu enquanto pôde né. Aí quando surge os problemas, melhor entregar alguém do quer ser expulso. Essa parte eu não lembrava, por isso fiquei com um ódio desse cara.

Mas nada mais emocionante do que Keating entrando na sala, no meio daquelas aulas entediantes e ao sair, Todd finalmente tomando uma atitude e dizendo o que queria. E finalizando com uma belíssima homenagem ao professor. 

Alguns clássicos, depois de 30 anos, pode não ser exatamente como nos sentíamos na época, mas apesar de algumas coisas, continua marcante. E para mim tem um peso maior por Robin Williams não estar mais conosco. Sua morte foi tão triste quanto a de Neil... 

Super recomendo. 

Nota 10/10

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