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[Resenha] Ferinos: O encantador de corvos (vol.1) - Divagando Sempre

 

Ano da primeira publicação 2017

Páginas 256

Autor/a Jacob Grey




DIVAGAÇÕES APRESENTANDO A HISTÓRIA 

Caw, um jovem órfão, tem pesadelos cada vez mais realistas e acaba descobrindo a verdade sobre seu passado e sua origem. Ele não foi abandonado aos 5 anos como acreditava e seus pais, principalmente sua mãe, é o motivo por ele ser quem é. Sua única certeza é que quando criança foi levado por corvos e criado por eles desde então. 

Caw, sempre vigiava o diretor do presídio local e acabou conhecendo sua filha Lydia, quando três dos prisioneiros mais ferozes fugiram e colocaram em risco a vida do diretor. Embora tenha tentado fazer algo, o pai de Lydia não acredita nas boas intenções de Caw, devido a sua aparência. 

Lydia acaba seguindo Caw e descobrindo seu esconderijo. Mas essa união revelará segredos e mistérios guardados a muitos anos. Ninguém está a salvo e Caw precisará entender quem é e como proteger sua nova amiga. 



Minhas divagações finais 

Esse tipo de história não é meu gênero favorito mas sempre acabo lendo. Caw ainda é jovem e como viveu desde os 5 anos com os corvos, me admira como ele saiba falar normalmente, já que com 5 anos ainda estamos aprendendo a falar. Pelo menos não saber ler foi correto. 

Não lembro os motivos dele ficar vigiando a família do diretor. No meu entendimento, ele achava que eram os pais dele. Mas de repente não foi mais mencionado isso a partir do momento que ele conhece Lydia. Fiquei muito confusa nessa parte. Sinceramente cheguei a pensar que ela fosse tipo, meia irmã dele e o pai o havia jogado da janela e matado a mãe por achar o filho uma aberração e um perigo a sociedade. Aí se casou novamente e teve Lydia. 

Mas óbvio que não era nada disso. Os três prisioneiros procuravam um artefato e um encantador de corvos para abrir uma passagem entre os mundos e trazer de volta o líder deles. Também tive algumas teorias quanto a isso. E óbvio, tem SPOILERS 

Por ser encantador de corvos, Caw tem o poder de controlar, se comunicar e virar um Corvo. Dom que herdou de sua mãe mas que só se manifesta quando o portador anterior morre. Então era certeza que Caw era órfão. Quando Lydia pega a espada no momento que uma fenda é aberta para o mundo dos mortos, imaginei que lá, como a mãe de Caw poderia estar, talvez conseguisse mandar Lydia de volta, já que foi encantadora de corvos, mas claramente não é assim que as coisas funcionam. 

Caw teve que ir até lá e resgatar a amiga. Claro que como estava ainda aprendendo tudo sobre esse novo mundo, o início de sua aventura seria lento. Ninguém quer descobrir que tem poderes e para isso, terá que lutar com inimigos. Sinceramente, havia achado essa premissa interessante. Um garoto criado por corvos. Mas o desenrolar da história acabou ficando confuso. Talvez porque acabamos vendo tudo como Caw, pela primeira vez. 

Caw tinha 3 corvos fiéis que estavam sempre com ele e apesar de sempre o alertarem de suas escolhas, Caw nunca os ouvia. Conhecer Lydia foi um dos avisos. No início achei essa menina insuportável. Não tinha porque querer conhecer Caw, quando ela parecia ser a filhinha do papai mimada. Acho que a história se perdeu um pouco nos personagens. Não senti conexão nem afinidade com nenhum deles. Embora esse universo pareça interessante, uma vez que algumas pessoas possam conversar e controlar outros animais. 

Talvez, se os corvos tivessem contado desde o início sobre quem Caw era, seus poderes e como usá-los, teria tido uma história diferente. Talvez se eles o tivessem treinado já esperando o pior, pois se existem outros como ele, que controla animais, seria questão de tempo para aparecer algum com intenções malignas né. Como seria ainda jovem, não precisava controlar todo o poder, mas que pelo menos soubesse de algo. Acho que não saber nada e viver como um mendigo foi meio sem graça. 

No mais, para quem gosta desse tipo de aventura, recomendo. 

Nota 8/10


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