Dica de Destaque

[Review] Uncharted: o quarto labirinto - Divagando Sempre

 

Ano da primeira publicação 2012

Páginas 416

Autor/a Christopher Golden



DIVAGAÇÕES APRESENTANDO A HISTÓRIA 

O arqueólogo Luka Hzujak, especialista em labirintos mitológicos, acaba de ser assassinado. Seu corpo, esquartejado, é encontrado dentro de uma mala numa estação de Nova York. Para descobrir quem fez isso a um de seus melhores amigos, Victor Sullivan, um amante de charutos que dedica sua vida a aquisições praticamente impossíveis de antiguidades , pede ajuda ao caçador de tesouros Nathan Drake, seu pupilo e companheiro de peripécias. Junto com Jada, a filha do arqueólogo morto, Sully e Drake vão enfrentar a maior aventura de suas vidas. Seguindo as pistas e orientados pelas anotações do diário de Luka, eles descobrem que a solução do crime está ligada aos labirintos da antiguidade e seus mistérios entre eles, o de Knossos, que abrigava o Minotauro, na ilha de Creta. Enquanto viajam pelo mundo, dos Estados Unidos para o Egito e a Grécia, Drake e seus amigos percebem que não estão sozinhos. Atraído pela lenda de que os labirintos antigos guardavam tesouros, um empresário ganancioso está disposto a fazer de tudo para chegar primeiro, ao mesmo tempo em que uma misteriosa legião de encapuzados quer impedi-los de descobrir que a chave do mistério está, na verdade, no Quarto Labirinto, que, além de ouro e prata, pode guardar um segredo que deixará o mundo assombrado. Baseado em Uncharted, uma das séries de videogame mais aclamadas do mundo, O quarto labirinto é um livro com tanta ação e reviravoltas quanto as melhores aventuras de Nathan Drake no Playstation 3.


Minhas divagações finais 

Fazia tempo não lia um livro onde fico revirando os olhos com um personagem. Eu amo quando uma personagem mulher é forte, determinada, independente e sabe se proteger sozinha. Mas, infelizmente a Jada desse livro, desde o primeiro momento em que apareceu, a odiei. Acho que quando uma personagem é assim, forte, ela não precisa ficar o tempo todo querendo mostrar isso. E apesar do pai dela ter sido brutalmente assassinado, não senti em nenhum momento sua dor da perda. Só o que ela quer é descobrir o que seu pai sabia que o levou a morte. 

Sei que Drake não é nenhum mercenário ou ex agente da CIA, muito menos Sully, mas, quando foram atacados no hotel no Egito, ok, foi suspeito a madrasta de Jada ter aparecido e desaparecido daquele jeito, mas Jada ficar o tempo dizendo que ela era a culpada, traidora e responsável pela morte do pai estava ficando muito chato. E ainda no hotel, eles foram atacados e Jada quase sequestrada e depois do tumulto cada um dormiu tranquilamente em seu quarto? Ninguém ficou de vigia nem nada? Até história de suspense com adolescentes eles revezariam e ficariam vigiando, mesmo que aparentemente não corressem mais perigos. E Jada vivia implicando com Drake, estava na cara que estava se oferecendo para ele. Estou tentando manter o nível, pois na verdade só achei ela uma inútil. 

Não gostei muito dos diálogos pois pareciam mais adolescentes fazendo piadas uns com os outros. Principalmente nos flertes entre Jada e Drake. O único momento interessante foi quando ficou aquela dúvida entre quem havia matado o pai de Jada: a madrasta parecia a mais indicada juntamente com seu chefe, um empresário ambicioso que tomou a frente das escavações atrás dos tesouros escondidos ou um grupo misterioso de encapuzados que como dizia Drake, pareciam ninjas, de tão silenciosamente que apareciam e desapareciam. 

E depois que Sully foi levado pelos encapuzados e Drake e Jada se uniram a madrasta e ao empresário ( infelizmente esses dois foram tão desinteressantes que até esqueci seus nomes e tentei pesquisar em outras críticas ou resenhas, mas ninguém falava sobre eles hahaha ), ficou melhor a busca pelo quarto labirinto, pois era lá que acreditavam que Sully poderia estar, se ainda estivesse vivo. Não vou negar que as revelações foram um tanto que decepcionantes para mim e ao mesmo tempo faziam mais sentido do que se fosse qualquer outra resposta para o mistério dos encapuzados. 

Obviamente foi previsível o final. Não tinha como alguém sair vivo sabendo daquele terrível segredo que poderia destruir o mundo. Na verdade nunca entendi a mente de quem quer dominar o mundo. Se você mata ou escraviza todos, qual seria o sentido depois se não teria mais nada para fazer? Acho que o segredo de querer dominar o mundo está no ato de tentar, pois é desafiador. Mas enfim, também sabemos que procurar tesouros antigos por ambição sempre acaba no interessado ficando com o tesouro, enterrado junto com ele para sempre...

Foi uma leitura agradável na medida do possível. Apesar da aventura, os personagens as vezes eram infantis ou sem noção. Sempre nesse tipo de história vai ter uma mulher má, uma mimadinha que acha que é durona, um vilão cheio da grana e o herói que nunca tem nada. Tudo previsível. Embora as vezes funcione. Mas aqui, para mim, se tirasse a Jada, a história teria fluido melhor. 

Não sei como é o jogo. Mas supondo que partiu da ideia de juntar Drake e Sully em uma aventura e acrescentar outros personagens e criar uma história, não sei se existe uma Jada, mas com certeza daria para criar uma história com uma personagem feminina independente e suportável. Acho até que a madrasta teve mais força e potencial do que essa Jada forçada na história. Não me comoveu, cativou nem conquistou... se Drake é um aventureiro, Jada é uma aventura totalmente esquecível... 

Nota 6/10

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