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[Review/crítica] Filhos do ódio (Son of the south) - Divagando Sempre

 

Ano de lançamento 2020

Duração 1h 45m

Direção Barry Alexander Brown

Elenco Lucas Till, Lex Scott Davis, Rosa Parks, Jake Abel

Recomendação: SIM




Trailer 




DIVAGAÇÕES APRESENTANDO A HISTÓRIA 

Bob Zellner, neto de um líder Ku Klux Klan, passou a ser perseguido depois de fazer uma pesquisa escolar sobre os direitos civis, onde conheceu Rosa Parks, uma ativista negra norte americana, que se tornou símbolo do movimento da supremacia branca, quando se recusou a ceder seu lugar no ônibus onde estava sentada à um branco. Ato que promoveu o boicote aos ônibus de Montgomery, no Alabama. 

Bob, apesar da criação rígida por causa do avô, teve certa inspiração em suas atitudes vinda de seu pai, que deixou o racismo de lado quando conheceu de verdade a comunidade negra. Bob então contrariando seu avô e mesmo sob ameaças de morte, ele segue em frente defendendo o movimento afro americano, mesmo que as consequências possam ser fatais. 

Inspirado em uma história real.









Minhas divagações finais 

Histórias sobre racismo, são odiáveis pela forma como o ser humano possa ser tão desprezível, a ponto de chegar a violência extrema por causa de cor de pele. A raiva foi tão grande que tive que parar e continuar no outro dia. Não aguentei ver tamanha violência desnecessária. 

Hoje em dia ainda existe o racismo, mas nas décadas de 50, 60, eram piores. Os negros não tinham direitos a nada. Que absurdo ter que ceder seu lugar para um branco. Ter banheiros separados. Escolas diferentes. Gente, essa história foi logo após a Segunda Guerra Mundial. Não aprenderam nada depois do que fizeram com os judeus. 

Eu fiquei com receio de continuar porque o início do filme, mostrava Bob sendo espancado pelos colegas e colocado em uma corda que seria puxado por um carro. Senti medo do rumo que isso iria levar, nem pensei que se a história era contada por ele, não teria tido um fim tão trágico né. 

Bob também sofreu preconceito por parte dos negros, que não confiavam nele justamente por ser branco. É uma situação que mexe com nossos nervos, pois o que ele passou foi de longe o que os negros passam diariamente. E o movimento deles não incluía agressão. Por mais que fossem espancados ou mortos, eles não revidavam com agressão, apenas com palavras e protestos. 

No final, Bob se mostrou digno do movimento quando não cedeu aos impulsos de violência quando confrontou seu colega, que o perseguia por ser a favor dos negros. No mínimo eu esfregaria a cara desse sujeito no asfalto. Mas a atitude de Bob foi bem melhor, óbvio. E aquela namoradinha dele... que ser insuportável. Também merecia um esfregão na cara. 

E pensar que a primeira vez que vi Lucas Till foi em um vídeo da Taylor Swift (You Belong With me) e tinha achado ele lindo. Nem fazia ideia que era ator. E dos impressionantes ainda. Não é só um rostinho bonitinho. Tá certo que não vi muitos trabalhos dele ainda, mas esse aqui fala por si só. 

O mundo pode evoluir, mudar, mas os seres humanos que habitam esse planeta, só faz destruir aos poucos o que tem de belo nesse mundo. As pessoas sempre vão brigar por cor de pele, por opiniões opostas, por inveja ou ganância, ou seja, pode passar anos, mas vê-se que a essência destrutiva do ser humano nunca muda. E isso um dia levará ao nosso fim. 

Filhos do ódio, por mais triste ou revoltante que seja, é mais uma de milhares de histórias sobre o que os negros passaram ou ainda passam nos dias atuais. Quando comecei o filme, não imaginava o quanto me afetaria ao ver tanto ódio por outro ser humano. E mesmo que fossem brancos, se fosse simpatizante dos negros, apanhavam juntos ou como Bob, que sofreu ameaças pelo próprio avô e quase foi morto pelos colegas. O mais inspirador é que ele jamais desistiu e continuou lutando pelos direitos dos negros. 

Nota 10/10

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