A garota no gelo - Divagando Sempre

Sinopse 

Seus olhos estão arregalados... Seus lábios estão entreabertos... Seu corpo está congelado... Mas ela não é a única.Quando um jovem rapaz encontra o corpo de uma mulher debaixo de uma grossa placa de gelo em um parque ao sul de Londres, a detetive Erika Foster é chamada para liderar a investigação de assassinato.A vítima, uma jovem e bela socialite, parecia ter a vida perfeita. Mas quando Erika começa a cavar mais fundo, vai ligando os pontos entre esse crime e a morte de três prostitutas, todas encontradas estranguladas, com as mãos amarradas, em águas geladas nos arredores de Londres.Que segredos obscuros a garota no gelo esconde? Quanto mais perto Erika está de descobrir a verdade, mais o assassino se aproxima dela.Com a carreira pendurada por um fio depois da morte de seu marido em sua última investigação, Erika deve agora confrontar seus próprios demônios, bem como um assassino mais letal do que qualquer outro que já enfrentou antes.

Minha análise e impressões pessoais 

Todo livro de suspense policial que leio, quando a policial é mulher, existe preconceitos por parte dos próprios colegas de trabalho e da família das vítimas. Também é comum encontrarmos famílias com poder político e ricos que não respeitam a própria polícia e geralmente o policial encarregado do caso tem ou teve problemas de algum tipo no passado. Acho que basicamente esse é o clichê dos suspenses policiais. Tirando esses fatos, que são um pé no saco, porque o que interessa mesmo é o caso, a vítima e o assassino. Ultimamente ando tentando ler os livros que estão na minha lista já faz um tempão e então com certeza já esqueci os motivos de tê-los colocado nela. A garota no gelo é o caso. O prólogo foi bem instigante, mas após o corpo ser encontrado e a policial Erika ser tratada daquela maneira desde que assumiu o caso já me desanimou... Eu sei que é o que acontece na realidade, mas o mais importante não é resolver o caso? Não importa se o policial é homem ou mulher, vai resolver o caso do mesmo jeito. 

Desde que Erika assumiu, nada de bom lhe aconteceu. O policial Sparks foi grosseiro com ela, odiei ele, típico machista idiota, ela foi atacada pela família da vítima, levou bronca do superior por ter respondido a família, foi mordida por uma criança sem teto que estava na delegacia acompanhado da avó sem teto e prostituta, ou seja, essa leitura tem tudo para ir na minha pasta de livros que não recomendo hahaha 

Uma outra coisa clichê nesses livros, a policial sempre vai sozinha investigar nos piores lugares possíveis. Já ficou bem claro que ninguém respeita ou teme policiais e Erika não está segura sendo uma. Mesmo assim, para a investigação ela vai sozinha sem falar com ninguém. Ou seja, se lhe acontecer alguma coisa, Sparks assume o seu lugar e ela nem será lembrada que um dia existiu hahaha 

Imagino que identificar um corpo seja horrível, mas suspeitei do noivo da vítima que não foi junto, mesmo que estivesse respeitando o momento familiar, você não ia querer confirmar se é sua noiva mesmo? Pelo menos eu ficaria do lado de fora esperando a confirmação, afinal, é a pessoa que amo, certo? Essa família da Andrea era cheia de suspeitas. E o pai que era grosso com a Erika? Suspeito demais hahaha 

Ok, acho que todos imaginamos que o noivo da Andrea fosse um cara bonitão, julgando como ela era e o tipo que gostava, jamais imaginaria que ela estivesse com ele por dinheiro sendo que ela vem de uma família rica, mas isso foi o que insinuou Linda, a irmã de Andrea. Eu acabei formando um suspeito e uma teoria, mas... como ainda era cedo, preferi ler mais para confirmar. 

O início, não nego que foi meio desanimador, mas de repente eu não conseguia parar de ler. O que acho mais engraçado nessas histórias, é que o pessoal de bar não tem medo da polícia. Bom, acho que devido a propina que rola solta, não devem ser bem vistos mesmo e Erika é sem noção em ir em pubs sozinha. Se for atacada por um bando de viciados e bêbados, o que ela pode fazer? Foi-se o tempo em que a polícia tinha algum respeito. Mas também pode-se dizer que alguns merecem esse tratamento, uma vez que abusam do poder. Realmente complicado ter algum julgamento aqui... 

Durante a leitura me apareceu 3 suspeitos. Mas depois tive que descartar dois pelo porte físico. Mas... Erika, como qualquer policial incorruptível e afoita para descobrir o assassino, sempre acaba se metendo em confusão e afastada do caso. Clichê. Depois todos vêem que ela estava certa o tempo todo hahaha 

Conforme continuei lendo metade das minhas suspeitas estavam certas hahaha mas o verdadeiro culpado, uau, é o tipo que até passa pela sua cabeça, mas você acaba descartando. Bom, no caso, eu acabei esquecendo essa pessoa hahaha 

A leitura em si é ótima, porque a escrita é fluída, não é entediante, os detalhes não são maçantes, os personagens até foram trabalhados bem, embora algumas coisas tenham me incomodado. O tratamento entre policiais e suspeitos, dependendo do ponto de vista, da situação e do caso é sempre confuso. Em alguns os policias são bem retratados e os suspeitos sentem até medo, aqui são arrogantes e parece que os policiais não tem tanta autoridade. Acho que são os dias de hoje mesmo hahaha queria que o Sparks tivesse sofrido algo mais por ser tão idiota. Até gostei da Erika, mas porque toda protagonista policial feminina tem que ter essa personalidade?

No mais, a história é bem interessante. Envolvente na medida certa e acredito que se você for um leitor minucioso, que presta atenção em todos os detalhes, com certeza descobrirá o assassino bem antes. Eu foquei nas pessoas erradas hahaha 

No fim, minha nota de satisfação pessoal 9/10