Dica de Destaque

[Review] Elize Matsunaga

 

Série documental de criminosos pode parecer interessante, mas no final, se alguns fizeram pela fama, mesmo morrendo depois, com esses documentários eles conseguiram. No caso da Elize ela continua bem viva e é a primeira vez que vejo sobre criminosos no Brasil. E já achei completamente injusto esses assassinos terem direito a saidinhas...


Era uma vez um crime ( série documental / ano de lançamento 2021) 


Elize começa saindo da prisão pela primeira vez indo ficar com sua tia enquanto grava o documentário.




Cenas de seu depoimento na época em que foi presa se mesclam a detalhes que ela conta anos depois. 

Segundo sua versão, seu casamento com Marcos começou a desandar quando ela descobriu a traição do marido. Mas ela lhe deu uma segunda chance após descobrir estar grávida. 





Mas nem mesmo com o nascimento da filha, o casamento melhorou e segundo Elize, Marcos continuava a traindo. Agora ela tinha provas pois havia contratado um detetive particular. Ela ainda diz que Marcos pensava em interná-la pois achava que ela estava ficando louca. Com medo de perder a filha, ela toma uma atitude desesperada.  

Ela havia comunicado o desaparecimento do marido a família dele. Na época Marcos estava vendendo a empresa Yoki em transação de bilhões de reais, então inicialmente foi pensado em caso de sequestro. Mas como não havia pedido de resgate, Elize despejou para a família a traição de Marcos. 

Então seu corpo foi encontrado esquartejado e durante as investigações com as filmagens de segurança no prédio de Elize, foi constatado que ele jamais saiu de seu apartamento e imediatamente ela é presa. 




Já iniciei o documentário julgando completamente a Elize. Na verdade só sabia mesmo que ela havia matado o marido. E ela saindo da prisão para a famosa saidinha de uma semana, toda sorridente, me fez questionar que cometer crimes nesse país não é tão ruim assim. 

Elize passou 4 anos presa até sair seu julgamento pelo júri popular. Infelizmente é a versão dela e não tem como saber ao certo como Marcos realmente era. Ainda assim ela foi condenada a quase 20 anos de prisão. 

Se ela tinha medo de perder a filha se fosse internada, ela não pensou nisso quando matou seu marido. Pois no fim, acabou perdendo a filha do mesmo jeito. E fazer um documentário para tentar explicar seu lado para ela, na minha opinião é ridículo. Se todas as mulheres traídas matassem seus maridos, o mundo não teria tantos cafajestes agora. 

E no final ela saiu como a vítima que era abusada psicologicamente pelo marido e ele, morto, não tem como se defender. 

Achei esse documentário meio que um circo armado. De repente começaram a questionar o machismo, e se fosse o contrário ou isso ou aquilo... eu só queria saber mesmo os motivos dela ter matado uma pessoa. Não interessa o que ela fazia no passado,  independente de sua antiga profissão, ela matou alguém. 

Ela jamais pensou na filha ao matar o marido. Eu, acredito que em um momento de estresse, de medo, de desespero, podemos sim tirar a vida de alguém, mas ela foi além, ela esquartejou o marido. Quando você tira uma vida, você fica transtornado, você nunca mais é o mesmo, agora, para cortar alguém em pedaços e jogar na mata como se fosse lixo? E permanecer como ela ficou nos depoimentos? Não acredito nela, mas minha opinião. 

Ela não se livrou apenas do problema dela, ela tirou um filho de uma família, ela acabou com a vida da própria filha e ainda ficou famosa. Quantos casos de assassinatos existem pelo Brasil ou pelo mundo afora? Alguns ficam famosos mesmo, nem por isso deixa de ser algo monstruoso. 

Como eu disse antes, é meu primeiro documentário de crime nacional e infelizmente a justiça aqui deixa muito a desejar. 

Minha nota de satisfação pessoal 3/10. 

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