Dica de Destaque

[Review] O TELEFONE PRETO E OUTRAS HISTÓRIAS - Divagando Sempre

 




Minha resenha 

Ano da primeira publicação 2022

Autor  Joe Hill

Páginas 320

Sinopse

Lançado pela primeira vez no Brasil em 2008 pela editora sextante com o título de Fantasmas do século XX, o mais novo relançamento de Joe Hill – O Telefone Preto & Outras Histórias – navega por diversos gêneros literários e nos envolve no mais absurdo e estranho que a literatura pode oferecer. Com narrativas que referenciam grandes clássicos e escritores como Franz Kafka com A Metamorfose e Bram Stoker com Drácula, Hill imagina e reimagina mundos sombrios, onde a absurdidade, o enigmático e o esquisito tomam conta dos contos apresentados e nos mergulha em tramas por vezes incômodas, que não saciam nossa sede, mas nos deixam ainda mais sedentos pelo que que há por vir em suas vindouras páginas.



Melhor estreia de terror

Um editor procura um escritor que escreveu um conto de terror que achou interessante o suficiente para publicar junto a uma coletânea, mas cada vez que procura o escritor, ele parece desaparecer. Até que finalmente o encontra... Mas ele sente que têm algo errado ali...


Fantasma do século XX

Em um cinema, um garoto ao entrar escondido sem pagar entrada, senta em uma poltrona afastada pensando estar sozinho, quando de repente uma garota se senta ao seu lado e ainda fala com ele. Ao descobrir o que ela é, ele sai correndo e encontra o dono do cinema que lhe conta a história da garota fantasma que ele viu.


Pop Art 

Art é um garoto inflável e era perseguido na escola ainda mais por isso. Até que conheceu um garoto solitário que acabou o protegendo e virando seu melhor amigo. Mas a vida de Art era um perigo constante e na última vez em que foi atacado por um cachorro, ele resolve que chegou a hora de deixar esse mundo...


Você ouvirá o canto do gafanhoto 

Francis mora com seu pai e a namorada dele, quando teve uma transformação horrenda, terminando em várias mortes...


Os filhos de Abraham

Max e Rudy tinham horário para estarem em casa, caso contrário, o castigo de seu pai era terrível. Mas eles descobrem então, o que o pai escondia em seu escritório e em sua mala de médico... 


Melhor que lá em casa

Ernie é jogador de beisebol e seu filho Homer tem uma espécie de TOC com determinadas coisas. Seu pai ainda consegue lidar com suas dificuldades, mas a sua tia... Por causa dela ele foi parar em uma escola para necessidades especiais. 


O telefone preto 

Finney é sequestrado, ele só foi ajudar um sujeito atrapalhado com suas compras e foi pego. No porão onde estava, tinha um telefone preto, aparentemente sem funcionamento, mas ele tocou e quando atendeu, reconheceu a voz de uns dos garotos que haviam desaparecido. A voz no telefone lhe ajudava a como sair dali...


Entre as bases 

Wyatt tem problemas com a leitura e durante o trabalho se desentendeu com sua colega quando ela disse algo ofensivo sobre isso, ele lhe ameaçou e acabou sendo despedido. Quando ia para casa, encontrou o carro da mulher que ele as vezes cortava a grama e seus dois filhos. No entanto, ao se aproximar, as crianças pareciam mortas...


A capa 

Eric estava de brincadeira com seu irmão Nick quando aquilo aconteceu. Eric provocou tanto o irmão que para fugir dele, subiu na árvore alta no quintal da casa. Ele sempre estava com seu cobertor desde os 2 anos, que agora usava como capa de herói. Ele estava usando ela quando caiu da árvore. Mas antes, ele voou por alguns segundos antes da capa sair de seus ombros e ele cair. Nick intrigado com o que viu, tentou voar com a capa também mas só foi parar no hospital como seu irmão. Passado alguns anos, Eric ao retornar a sua antiga casa, encontrou a capa que na época a mãe havia dito que jogara fora e a colocando, conseguiu voar novamente...


Último suspiro 

Um médico aposentado tem uma coleção inusitada que expõe ao público. O último suspiro das pessoas, famosas ou não, enquanto ele estava presente nesses momentos, conseguiu captar esses suspiros e armanezar em um pote de vidro. Uma família vai visitar ao acaso o local, pensando ser um museu tradicional. Pai e filho ficam deslumbrados com a exposição, já a mãe, além de cética, ainda ri horrores das explicações do médico. Até que ela escuta o último suspiro de uma mulher e fica atordoada...


Natureza morta 

Uma árvore, derrubada, depois de anos proporcionando sombra e velhas memórias, pode aparecer novamente? Por 20 minutos foi o que aconteceu...


O café da manhã da viúva 

Dois garotos viajam clandestinamente nos trens, quando são surpreendidos por um segurança e um deles é atingido. A pancada na cabeça foi tão forte, mas continuaram andando e o garoto acabou morrendo. Sem seu amigo, o outro ficou perdido mas ainda assim continuou a viagem até que encontrou uma casa onde uma viúva lhe ofereceu café da manhã e roupas limpas...


Bobby Conroy volta dos mortos 

Bobby é um ator de comédia e devido ao seu fracasso, volta para sua cidade natal. Lá ele vai fazer um trabalho de figurante como um zumbi. Sentado esperando ser chamado para começar, reconhece uma das figurantes como alguém de seu passado. No entanto, agora ela está casada e tem um filho...


A máscara do meu pai 

Uma família vai até um chalé que pertenceu ao avô,  agora falecido, para a venda de alguns itens da casa. Durante sua estadia lá  coisas estranhas aconteceram, como seus pais ficarem o tempo todo usando uma máscara. Sua mãe pediu que fosse até a floresta pegar lenha e de preferência mascarado. Ele conheceu uma garota e um garoto também mascarados, jogou cartas e voltou. Quando  chegou a avaliadora estava lá e ele e sua mãe partiram, deixando seu pai para trás...


Internação voluntária 

A culpa é algo que corrói nossa alma com o tempo. Nolan perdeu seu amigo Eddie de modo inacreditável e depois de anos, seu irmão.  Não é algo que ele pudesse dizer para onde os dois tivessem ido, pois ele mesmo quase não conseguia acreditar.


A máquina de escrever de Sherazade é um conto especial, mas autor desconhecido que está no meio dos agradecimentos de Joe.  


Minha análise e impressões pessoais 


Joe Hill tem o traço forte de seu pai, Stephen King,  o horror, tanto sobrenatural quanto psicológico. 

Alguns títulos você entende melhor quando termina o conto, como a história de Francis que vira um gafanhoto. Não sei se é porque morro de medo desses insetos, mas achei essa história horripilante hahaha 

No entanto, dificilmente gosto de ler contos porque além de serem curtos, as vezes o final deixa a desejar. Melhor que lá em casa e Entre as bases, foram os mais sem graça para mim. Embora Entre as bases eu tenha gostado do desenvolvimento de pequenos detalhes que pareciam passar despercebidos mas foram usados com maestria no final. Mas, o final termina com aquele ponto de interrogação onde você deduz o que acabou acontecendo com os poucos elementos que nos foram passados. 

O telefone preto, foi interessante, mas como vi o filme primeiro, achei ele melhor. Eu sei que é um conto, mas fiquei feliz que desenvolveram ele melhor nas telas. Ethan Hawke foi fenomenal como o sequestrador, mas no conto foi mais macabro porque você não espera que um homem velho gordo pegue crianças. 

O conto mais curto e sem sentido para mim foi Natureza morta. Li avidamente como qualquer conto, mas quando menos esperava, já havia terminado. Não absorvi nada, aprendi ou entendi hahaha 

O último parecia o melhor porque os personagens foram mais trabalhados, talvez porque por ser o mais longo, teve tempo de ter elementos interessantes, apesar de que o final, como quase todos os contos, deixaram a desejar. Mas claro que baseado em uma única obra desse autor, não posso julgar se é ruim apenas porque não me agradou esses contos. Estarei procurando outros livros do Hill para confirmar se é bom ou não. 

No mais, minha nota de satisfação pessoal 5,5/10

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