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[Resenha] A caminho do verão

 


Auden sempre foi estudiosa, era algo em que realmente era boa e trazia admiração e aceitação de seus pais. No entanto, o casamento deles não durou muito e entre muitas brigas, eles enfim decidem se separar.  Mas nesse meio tempo Auden acabou adquirindo o hábito de não dormir a noite. 

Um dia, uma das namoradas de seu irmão lhe traz um presente a pedido dele e toda vez que ela lembra do irmão, ela sente que pode ser mais audaciosa como ele, afinal, irá para a faculdade e depois não terá mais tempo para nada. Por isso, decide ir visitar seu pai nas férias de verão. 

Mas, seu pai acabou casando novamente e sua nova mulher acabou de ter um filho, na verdade uma filha, Thisbe é seu nome e Auden acaba vendo um lado terrível do pai, que até então achava ser exagero de sua mãe. 

Com sua irmãzinha chorando o tempo todo, Auden decide dar uma volta e acaba conhecendo um estranho rapaz de bicicleta. Mas é com Jake que ela acaba ficando, embora não tenha significado nada para ela, descobre depois que nessa cidade pequena, todos estão relacionados. 

Enquanto passa o verão descobrindo mais sobre a pequena Colby, Auden também se vê mudando aos poucos ao contrário do que sua mãe sempre afirma, que as pessoas nunca mudam, ela acha que talvez sua mãe esteja errada.

Através de Maggie, ela descobre mais sobre Eli e com o próprio estabelece uma rotina noturna já que ele também sofre de insônia. E acaba fazendo coisas que não tinha interesse quando criança porque estava ocupada estudando e tentando ser perfeita para seus pais.  



Nesse tipo de história, geralmente acabamos vendo o lado da protagonista, mas estando de fora, analisamos melhor as situações em que ela se envolve. 

Sempre que a protagonista tem os pais separados, geralmente o pai é retratado como ausente, egoísta e que nem se esforça muito para ter o amor dos filhos. Nesse caso, o pai da Auden é completamente assim. Só achei exagerado a mãe dela ressaltar tanto que as pessoas nunca mudam. Acredito que para a mãe seja até um alívio que o ex marido nunca mude, porque assim prova o tanto que ele foi horrível no casamento. Mas acho que para Auden foi bem triste descobrir que como pai e marido, ele era bem diferente do que ela conhecia dele. 

Também achava que a Heidi seria uma madrasta horrível, mas ela até que trata a Auden bem demais. Talvez seja porque se sente solitária ou seja apenas a natureza dela ser simpática mesmo. 

O Eli é um poço de mistério desde o início. Mas a bobinha da Auden já tinha caído nesse poço desde a primeira vez que o viu hahaha

Que uma mãe sempre tem razão, as vezes concordo, mas achei a mãe de Auden muito chata. Mas também entendo sentir um pequeno pânico de Auden gostar mais da madrasta do que dela e perder a filha, é normal, mas certas atitudes da mãe, eram bem egoístas. Mas acredito que além de ensinar os filhos, os pais também podem aprender com os mesmos.

Gostei do relacionamento da Auden e do Eli até certo ponto e totalmente clichê quando se afastaram. Achei o Jake um personagem desnecessário que só apareceu para dar uma impressão errada da Auden. Para alguém que não teve infância nem amigos e muito menos um relacionamento romântico, foi meio sem noção ela ter ficado com ele logo que chegou a cidade. Mas, por outro lado, foi um modo de apresentar o cafajeste que ele era e Maggie entrar na história. 

Gostei de como a Auden analisava as coisas, mas em determinados momentos ficava um tanto cansativo. Mas no geral, gostei muito da leitura. 

Minha nota de satisfação pessoal 10/10.

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