Em busca do enfermeiro da noite - Divagando Sempre

 

Ano de lançamento 2022

Duração 1h 35m

Direção Tim Travers Hawkins

Sinopse 

Documentário sobre o serial killer Charles Cullen e como os investigadores conseguiram provar que Cullen estava matando pacientes enquanto trabalhava em hospitais e em uma casa de repouso como enfermeiro nos Estados Unidos.

Trailer 

DIVAGAÇÕES,  ANÁLISES E IMPRESSÕES PESSOAIS 

Filme documental sobre a descoberta de como Charles Cullen matava pacientes nos hospitais onde trabalhava. 

Acho que nessa questão, mostra várias coisas, principalmente a falha humana. Os responsáveis dos hospitais em questão, estavam mais preocupados em manter a reputação do hospital do que proteger os pacientes. 

Ao meu ver, creio que se o primeiro hospital que suspeitou de Charlie, tivesse denunciado o rapaz, teria ficado menos feio do que a descoberta de saber que eles tinham consciência do que o Charlie fazia e optaram por ignorar. 

Acho que desde sempre é difícil confiar em bons profissionais mesmo procurando por antecedentes criminais ou referências do empregado, pois tudo pode ser forjado. 

Mas falei tanto que nem especifiquei o conteúdo do filme. Para quem assistiu O enfermeiro da noite, poderá estar por dentro da história, para quem não conhece, se refere à Charlie Cullen, um enfermeiro que matou pacientes por 16 anos e nunca foi pego. 

Mesmo que desconfiassem dele, nenhum hospital havia feito nada, até o último em que trabalhou onde conheceu uma colega de trabalho chamada Amy. Por mais que ela tivesse seus próprios problemas e fosse difícil acreditar que seu colega fosse um assassino, a ideia dele continuar matando inocentes e indefesos lhe era inaceitável. 

Ela ajudou nas investigações por fora, sem o hospital saber e conseguiu fazer com que Charlie confessasse seus crimes. Até então ninguém havia conseguido provas suficientes contra ele. 

No início do documentário Amy relata que Charlie sempre foi gentil e bondoso com ela, por isso ela demorou para ligar os pontos e só teve certeza do que ele andava fazendo,  quando os investigadores lhe passaram informações que conforme ela foi se lembrando de Charlie trabalhando, ele estava sempre de forma suspeita próximo aos pacientes que viriam a falecer. 

No filme claro, romantizaram a trama, mas alguns detalhes foram fiéis ao que se conta no documentário. Pacientes foram trocados, talvez em respeito a dor dos familiares ou para dramatizar mais a história, mas tirando alguns detalhes, foram bem idênticos ao que realmente aconteceu. 

Também suspeito que ele matou bem mais dos que os 30, 40 pacientes que ele  confessou. Foram 16 anos, uns 9 hospitais, mesmo que ele demorasse no início para fazer algo, não tinha câmeras, não tinha ninguém o vigiando, mesmo que desconfiassem ninguém fazia nada, então ele continuou desafiando as autoridades até que o prendessem. 

Ele não tinha um padrão, não tinha um motivo específico, quando foi preso, no documentário ele disse que fazia aquilo para aliviar o sofrimento das pessoas, mas muitos pacientes estavam se recuperando e alguns até iam receber alta. Ia ser difícil mesmo conseguir descobrir ou provar que ele era o culpado quando não havia rastros...

Durante seu julgamento, Charlie não olhou para nenhum dos familiares das vítimas que falaram sobre os pacientes que ele matou, não derramou uma lágrima, não esboçou nenhuma reação muito menos remorso. Assustador...

Apesar de assustador, minha nota de satisfação pessoal 10/10